Eu acordei hoje e seu cheiro ainda estava no travesseiro... Fiquei mais cinco minutinhos deitada pensando na última noite que passamos juntos e quase perdi a hora para uma reunião de trabalho importante. Parece que seu perfume grudou na minha pele e eu via o seu rosto em todos os caras que passavam por mim pela rua.
À tarde fui almoçar naquele nosso restaurante de sempre e, instintivamente, pedi ao garçom aquele suco de acerola que você adora, mas que eu, na verdade, nem vejo tanta graça assim... Estava docinho e refrescante. Eu ri ao perceber que você até que tinha razão: não tem nada melhor em um dia quente como hoje.
Minha colega de escritório elogiou meus sapatos. Eram aqueles que comprei no dia em que fui conhecer seus pais, lembra? Sua mãe falou que eu parecia uma bonequinha com meu vestido florido e as sapatilhas cor-de-rosa. Você, por outro lado, perdeu o ar quando viu minha lingerie vermelha quando, no fim daquela noite, acabamos parando num quarto de motel.
Já voltando para casa, passei na frente de uma loja de roupas de criança. Pensei na sua irmã grávida e fiz uma prece em silêncio pedindo para que ela tenha uma boa hora. Não resisti e fiz umas comprinhas também. É um macacãozinho vermelho, escolhi essa cor, porque a moça da loja falou que dá sorte para a criança...
Você ligou mais tarde dizendo que queria ir num bar ver um amigo do seu amigo tocar. Eu falei que estava cansada e que preferia ir ao cinema ver aquela comédia romântica recém-lançada. Você me pareceu chateado e perguntou se poderia ir “com a galera” para o bar. “Vai sim...”
Ok, eu admito, sou mesmo uma egoísta.
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