Pareciam ter viciado um no outro.
Se falavam sempre. Saiam juntos frequentemente. Sentiam-se a vontade um com o outro. Riam das mesmas piadas, mesmo daquelas que ninguém mais ria.
De tempos em tempos pareciam se distanciar.
A comunicação ficava esparsa. Os encontros não eram mais a dois, mas em dois... Dois cantos diferentes da cidade, cada qual com seu grupo distinto. Divertiam-se sozinhos. Riam com outros de piadas que não compartilhavam.
A cada reencontro a certeza de que a distância não curava o vício. Não precisavam de amarras. A segurança que tinham era a liberdade de suas almas.
O coração já não se inquietava como outrora.
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