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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A volta dos que não foram

Já dei minha opinião sobre quem segue carreira solo no pagode. Palpitei também sobre a separação do Exaltasamba e a conclusão geral a que cheguei é que essas coisas nunca, ou quase nunca (Alô, Alexandre Pires! Belo, queridão! Aquele abraço, viu?), dão certo.

Me aventurando pelo cenário sertanejo, lembro-me do dia, há poucas semanas, quando, sentada à mesa, na hora do almoço, um colega de trabalho me diz: “Você viu, Karla, o Edson e Hudson vai voltar!”. Quase que eu engasguei, mas logo me recuperei e respondi: “Ahh... Cala a boca! Mentira, né?”

Quem não se lembra dos bafos de bastidores que corriam à boca miúda no ano de despedida da dupla? Dizia-se que os dois mal se falavam nos camarins da vida e que, inclusive, havia dois camarins, uma para cada irmão. O motivo da separação seria ganância, interesses por vertentes musicais diferentes, drogas ou desentendimentos familiares. Ou tudo isso junto em proporções catastróficas.

A verdade é que, independentemente dos boatos, bastava ter bom senso ao assistir aos programas que a dupla fazia. Confesso que eu sentia uma certa vergonha alheia pelas caras de ... é... coco (pois esse é um blog familiar) que às vezes eles faziam por terem de estar lá juntos, aturando alfinetadas, muitas vezes nada sutis, um do outro e ainda fingindo que eram bons amigos!

Após a separação, ainda ouvi várias músicas de Edson nas rádios. Muitas delas que eu gostava bastante, inclusive. Já do irmão rockeiro Hudson, lembro apenas como jurado dos jovens calouros do Raul Gil (É meu avô quem assiste. Juro!)... Ainda assim, ouvi dizer que ele gravou um CD em um estúdio foda dos EUA, mas música mesmo eu não sei qual foi.

Ah! Lembro, também, de Hudson, tempos depois, ensaiando formar uma dupla com o sertanejo Donizete (alguém que me lembra minha infância, quando minha avózinha era viva, lúcida e o assitia na TV super menininho e dizia que ele cantava bem e era uma graciiiiiiiiiiinha). Parceria que eu não entendi (mas o cara não queria ser do Rock’n Roll? Por que tá formando dupla com o sertanejo ex-baby-gracinha?). Enfim... não vingou.

Agora Edson e Hudson voltam. Será que, em carreira solo, Edson não emplacou tanto assim? Acho que não. Fui num show dele sozinho. Foi tão bom quanto dele com o irmão, mas muito do repertório era dos tempos da dupla. Aliás, os arranjos também mantiveram a guitarra forte que Hudson (e o público) curtia. Mas vai ver que faltava a identidade Edson, que seria sempre aquele... do Hudson. E o Hudson... Ah! Sei lá! Só me lembro dele no Raul Gil!

A pergunta que não quer calar agora é: será que agora vai? E o clima entre os irmão, como vai ficar? Eu gostava da dupla como dupla. Edson sozinho estava numa pegada mais romântica, mas, ainda assim, bem bacana (apesar de ter arriscado uns duetos meio estranhos em sua carreira solo). Mas, ainda assim, acho que prefiro ele com o irmão. Aguardemos os próximos capítulos.

Em tempo, falando sobre a volta dos que não foram e voltando para o pagode, a notícia do momento é que Vavá e Márcio voltarão para o Karametade. Para quem não se lembra: Vavá era do Karametade. Márcio, o irmão gêmeo menos famoso e menos polêmico, do Desejos. Vavá saiu do grupo em carreira solo com o Morango do Nordeste. Márcio assumiu o grupo de mais renome do irmão. Márcio saiu em carreira solo (oi?!). Vavá e Márcio formaram uma dupla (de pagode, não sertaneja). O cantor do Karametade acho que era um tal de Cauê ou Kauê ou não. O Desejos eu já não sei... Ninguém mais fez sucesso desde então.

Não lembro de mais nenhuma música do Karametade. Não sei se é minha idade avançada ou se realmente não tinha mais nenhuma que se destacava em relação a beleza do Vavá e o fato de ele ter, de brinde, um irmão gêmeo gatíssimo (essa coisa que lindos era na época, tá, gente? Não agora. E, na época, gêmeos eram moda. Lembram do Flávio e do Gustavo quando eram o H, do Luciano Huck, então.)

No que vai dar isso aí eu já não sei. Talvez, se bem trabalhada, a volta dos irmãos dê uma movimentadinha no nome do Karametade, já que os relacionamentos de Vavá sempre tinham espaço na mídia. Talvez não. Talvez os gêmeos devessem formar novamente uma dupla, mas, agora, sertaneja. Essa foi uma piada. Eu estou mentindo. É claro.

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