Segundo consta, hoje, 03 de maio, é o dia do sertanejo. Não sei quem inventou, não sei há quanto tempo existe, mas fui informada sobre a comemoração desse dia pelo meu Twitter.
A verdade é que essa é a primeira vez que eu ouço falar em "Dia do Sertanejo" e me pergunto se não não inventaram essa história devido ao fato de o sertanejo estar na moda e de, a cada dia, surgir uma nova dupla ou cantor investindo nesse segmento. O sertanejo, assim como o pagode e o forró, que ressurgiram com a onda dos "universitários", andava meio para baixo nos últimos tempos, mas, já há alguns anos, retornou às paradas de sucesso e a moda (de viola), parece estar durando muito mais que as modinhas do forró e pagode universitários.
Certo dia ouvi, de não me lembro quem, que parecia que os sertanejos sabiam aproveitar melhorar quando tinham uma oportunidade. Os empresários, às vezes grandes fazendeiros, acostumados a lidar com a terra, a cuidar da plantinha quando ela é ainda uma mudinha e regar e cuidar e aguardar o momento certo até ela dar frutos, sabem fazer os mesmo com os artistas, que, quando começam a "dar frutos" os colhem e os aproveitam da melhor maneira, otimizando assim os resultados provenientes dos investimentos de tantos anos. Se isso é verdade eu não sei, mas vejo sim um fundo de verdade.
Mas a verdade é que o sertanejo é a música raiz brasileira. Se tempos atrás não era esse o som que curtíamos nas baladas da capital paulistana, não significa que não era esse o som que embalava as festas no interior de São Paulo ou, até mesmo, na capital de outros estados.
Tenho primos em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, e, quando nós nem ao menos imaginávamos em cantar que o jeito era dar uma fugidinha com Michel Teló, eles já curtiam o som desse loirinho, que atraía até quem não curtia sertanejo para os shows do Tradição, devido a seus atributos físicos (que, convenhamos, chamam muito mais a atenção do que os antigos visus de Zezé e Luciano, por exemplo). Quando Michel, Luan Santana, César Menotti e Fabiano, Maria Cecília e Rodolfo e outros tantos estouraram aqui, já eram todos passado para a gurizada de lá.
Tenho primos em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, e, quando nós nem ao menos imaginávamos em cantar que o jeito era dar uma fugidinha com Michel Teló, eles já curtiam o som desse loirinho, que atraía até quem não curtia sertanejo para os shows do Tradição, devido a seus atributos físicos (que, convenhamos, chamam muito mais a atenção do que os antigos visus de Zezé e Luciano, por exemplo). Quando Michel, Luan Santana, César Menotti e Fabiano, Maria Cecília e Rodolfo e outros tantos estouraram aqui, já eram todos passado para a gurizada de lá.
Hoje, temos em São Paulo uma enormidade de lugares para curtir um bom sertanejo e isso não apenas em época de festas juninas. Além do já famoso Villa Country, que chama ainda mais a atenção pela decoração toda voltada para o country, opções como o Rancho da Villa, na Vila Madalena (fechado);; Rancho do Serjão, em Pinheiros, ou o badalado Woods Bar, com um público mais selecionado na Vila Olímpia (todas as quatro casas foram visitas e aprovadas por essa que vos fala).
Fora as casas "especializadas" em sertanejo, encontramos também mil e outros bares e baladas que proporcionam ao menos uma noite para esse estilo musical. Até mesmo no Carnaval, época do ano em que predomina o bom e velho axé bahiano, entre marchinhas e enredos de escolas de samba, curti um dia de sertanejo em Santa Rita do Sapucaí. Oi? Fui para Minas Gerais, não vale? Ok, poisa saibam, então, que o famoso circuito Barra-Ondina, em Salvador, também teve um dia de Bloco Sertanejo (que parece que não fez láaaa tanto sucesso, algo compreensível, visto que, pelo menos ao meu ver, quem vai para Salvador, quem vai para Salvador quer mais é saber de Ivete, Chiclete, Asa, Claudinha e Jammil).
Um dos divisores de águas, ao meu ver, pouco antes de começarem a pipocar aqui para nós, paulistanos da gema, os sertanejo universitários, foi o projeto Estúdio Coca-Cola, que reuniu Fresno e Chitãozinho & Xororó. Aí sim os jovens, que andavam torcendo nariz para o sertanejo (e sim, me incluo nesse grupo), passaram a olhar um pouquinho diferente para o estilo, passaram a perceber que com arranjos diferentes as "músicas de corno", talvez pudessem ficar legais e, acredito que até mesmo as duplas, passaram a perceber como novas batidas poderiam agradar públicos diferentes. E quem é que hoje não canta com todo o pulmão na balada:
"E nessa loucura de dizer que não te quero, vou negando as aparências, disfarçando as evidências, mas pra que viver mentindo se não posso enganar meu coraçãooooo.... Eu sei que te amo!!!!"
Do axé ao pop-rock eu já vi...
"E nessa loucura de dizer que não te quero, vou negando as aparências, disfarçando as evidências, mas pra que viver mentindo se não posso enganar meu coraçãooooo.... Eu sei que te amo!!!!"
Do axé ao pop-rock eu já vi...
O fato é que, gostem ou não, o sertanejo está aí, forte como nunca. E, sabe aquela história que eu já contei sobre o pagode? Então, acontece o mesmo com o sertanejo. Todo mundo sabe uma letra, as pessoas tem sim curiosidade de conhecer o Villa Country e, quiçá, de ir num rodeiopra ver qual é... Ouso, até mesmo, dizer, que todo mundo já assistiu, na infância, o finado "Sabadão Sertanejo", e mais recentemente, "Terra Nativa", inclusive cantando junto o tema de abertura com Guilherme e Santiago.
(Eu confesso que, quando não era legal falar que se curtia sertanejo, toda sexta-feira que ficava em casa eu assistia com a minha mãe. Logo que ela começou a assistir eu fazia bico "Ai mãe, credo...", mas logo me entretia com o negócio e, às vezes, quando ela estava na cozinha fazendo outra coisa coisa, mesmo que inconscientemente, era eu mesma quem mudava o canal para assistir ao programa. Quando comentava sobre ele com algum amigo falava que "Ai que saco, eu vejo porque minha mãe coloca lá, sabe?"... Também cantava todas as músicas do Guilherme e Santiago com a desculpa de que "Ahhh... É ridículo, né? OIha que música tonta" - era mentira, eu tava adorando e queria aprender a cantar, mas fingia que estava imitando só pra zuar.)
Enfim, o que posso dizer é:
- Que bom que a cabeça das pessoas (inclusive a minha) está se abrindo e agora eu posso falar claramente que eu adoro me jogar num sertanejo, de segunda a segunda se assim eu quiser.
- Que o mercado abra cada vez mais espaço para novas duplas e cantores, não só de sertanejo, mas de ritmos brasileiros de um modo geral.
- Que os homens aprendam a dançar sertanejo e/ou pagode para poderem nos entreter nas baladas, dançando com a gente só por diversão, não nos obrigando a beijá-los apenas por uma dança (porque, sim, às vezes aceitamos dançar apenas por querermos dançar e não por querermos você, seu feio)
- Que a criatividade dos artistas continue em alta e que eles nos contemplem cada dia com mais novas canções que expressem nossos sentimentos de amor, amizade, dor de corno, ódio, folieza e safadeza.
Para finalizar, preciso fazer um comentário: Quem viu Fernando e Sorocaba, Michel Teló e João Bosco e Vinícius cantando juntos no BBB desse ano?! Só eu que tive um djavu do extinto A.M.I.G.O.S.?!
Estaria a Globo pensando em ressucitar o projeto, agora com os novos novos do sertanejo?
Quem entraria como o "S"?!
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Voto no Luan Santana! Pelo menos é outro solo para fazer a "dupla" com o Michel!
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Voto no Luan Santana! Pelo menos é outro solo para fazer a "dupla" com o Michel!
E sim, se o projeto for lançado, aceito convites para os shows. Obrigada.
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