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sexta-feira, 15 de abril de 2011

ki-Questiona: Por que as pessoas usam drogas?

Tenho um trabalho da pós-graduação para fazer e resolvi transformá-lo em post no blog. O trabalho é sobre pensamento crítico e pensamento filosófico: "Sobre qual problema você frequentemente pensa? Desenvolva a sua reflexão sobre ele até as últimas consequências."

Antes mesmo de iniciar o trabalho, o título desse post já estava na minha cabeça por uma série de razões que não vem ao caso, mas o fato é que resolvi compartilhar, pois quero também a opinião de outras pessoas (vocês leitores) sobre o assunto.

Antes de mais nada, vamos deixar claras aqui duas coisinhas:
- Primeiro fato é que por drogas eu já estou considerando desde a cervejinha do final de semana até as drogas mais pesadas, que hoje em dia eu nem sei mais quais são.
- Segundo fato é que não serei hipócrita de dizer que nunca bebi nada na vida. Curto sair, socializar, beber alguma coisinha, ficar alegrinha... Já experimentei cigarro também, mas achei tão ruim, que não rolou persistir no vício nem pra pagar de descoladinha. Enfim.

Vamos, agora, ao exercício proposto para a minha aula e para as reflexões que convido vocês a fazerem comigo.

Em primeiro lugar meus pontos de vista sobre o assunto.

- Não entendo qual a graça de beber ou usar outras drogas até perder completamente os sentidos. Sério! Quando começo a ficar tontinha já me dá um desespero, o estômago começa a queimar e eu vou comer alguma coisa (sougordinhaedaí.com.br). Sim, já tomei uns porres também, mas, sabe? A sensação depois não compensava e penso que, se bebedeira já me causa desconforto, como deve ser quando se usa aquelas drogas que tiram totalmente o sentido??? Jesus amado, quero nem de grátis!

- De grátis é outra questão. Acho que eu sou meio mão de vaca para ter vícios. Uma caixa de cigarros é o que? R$5,00? Po!! Com mais um real eu compro um Big Mac, gentemmm!!! Outras drogas eu nem sei quanto custam, mas sei lá, tenho certeza de que posso aproveitar o dinheiro e comprar coisas muito mais proveitosas, como roupas, sapatos, bolsas e maquiagens!

- Falando em não saber quanto custam, uma coisa que me pergunto: como as pessoas que usam drogas sabem onde encontrá-las? Sou muito tapada? Não, porque é sério, eu não faço a mínima ideia nem de onde comprar maconha, por exemplo, que é uma droga que hoje já é tão popular que às vezes até esqueço que é ilegal.

- Aliás, como as pessoas provam essas drogas pela primeira vez? Raríssimas vezes me perguntaram se eu queria provar alguma droga e sempre eram das menos nocivas, não imagino alguém chegando em outra pessoa e falando: "Oi, você quer dar uma picadinha aí na sua veia?" ou mesmo na questão da compra da droga... Como funciona? Você chega do nada num cara que parece que vende e fala: "Ooooi, você tem cocaína para me vender?"? E o cara? Ele te fala "Tenho sim, truta, é 100 pila!"... Tipo... COMO ASSIMMMM?!?!?! E se eu for um investigador da polícia disfarçado e virar pro traficante e falar: "Ok, era uma pegadinha! Você está preso?"

- Outro ponto, já falei, cigarro é ruim. Fede e tem gosto ruim. O gosto da maconha eu não sei, mas sei que aquele cheiro já me dá enjoo (quando eu tava no colégio, via gente fumando perto da escola, sentia o cheiro e achava que era cigarro de cravo! C-O-I-T-A-D-A!!!)... E drogas injetáveis, então?!?! Eu particularmente tenho PÂNICO de agulha!!! Odeio injeção e exame de sangue... Já considerei fazer um segundo furo na orelha, mas desisti, porque não tem anestesia. Por que, Deus, alguém fica se furando a toaaaaa?!?!?!?!

Analisando o problema como um todo.



Pensando agora no assunto como um todo, vejamos os motivos, as questões sociais e psicológicas que levam uma pessoa ao uso das drogas e o que uma coisa vai implicando nas outras.

Primeiro que, pelo menos no meu ponto de vista, o uso das drogas, principalmente no sentido de experimentação, surge de uma necessidade de auto-afirmação e de inclusão em um determinado grupo. Se todos estão bebendo em uma mesa, por que serei o único a não beber?
No entanto, por trás disso, acho que rola também uma questão de auto-estima, sabem? A pessoa já deve ter alguma dificuldade em se aceitar e, portanto, acha que tem que fazer coisas para os outros a aceitarem, para que se sintam iguais a esses outros.
Talvez usem as drogas para fugir da realidade, na qual não são tão descolados, tão sinceros, tão valentes...

Será que as pessoas usam drogas para se rebelar? Só porque elas são ilegais? Será que se fossem legalizadas perderiam a graça ou aí sim é que se popularizariam e o mundo se tornaria um caos?

E aquela história de "Ahh... Só uso de vez em quando" ou "Ahh... Maconha é leve! Pega nada?"?! Eu sou do time que acha que o de vez em quando pode virar um hábito, que pode virar um vício; também sou daquelas que estudou, em biologia, que quando você usa sempre o mesmo perfume, seu nariz se acostuma com o cheiro e você deixa de sentir o aroma, então ou passa a usar cada vez mais perfume para se sentir cheirosa (e acaba fedendo, pois exagerou na dose) ou troca de marca e, aí sim, volta a sentir o cheiro. Aplicando para as drogas: aumento de consumo e/ou mudança para drogas mais pesadas.

Quem são os influenciadores na questão do consumo de drogas? Será que ver os pais fumando desde a infância, faz com que a pessoa, quando adolescente, sinta-se mais "à vontade" para experimentar drogas? E os amigos e/ou o estilo de vida ou área de atuação profissional da pessoa, como influenciam? Já soube de banqueiros que fumavam maconha... Isso prova que nem mesmo trabalhar todo engomadinho te livra das "más influências", não é?

Há quem relacione problemas com drogas com problemas de caráter. Mas o que dizer daquelas pessoas inseguras, já citadas anteriormente, que querem apenas pertencer a um grupo. Isso me parece mais ingenuidade do que mau-caratismo...

E vocês, o que pensam sobre tudo isso?

Eu, particularmente, tento não olhar nada com preconceito.
Apenas lamento, quando percebo pessoas se estragando, se afundando em drogas desenfreadamente.

Fico um pouco (às vezes bastante) mau-humorada quando vejo pessoas próxima e queridas exagerando, mesmo que na bebida. Fico preocupada, triste e até um pouco decepcionada.

Se pudesse, defenderia todos desse "mal"... E não se trata de preconceito, pelo menos eu não me vejo como preconceituosa nesse aspecto, é apenas uma preocupação, uma proteção para e com aqueles que eu amo...


Talvez quem leia esse post me veja como um pobre coitada, ingênua e careta, mas se ele servir de reflexão para vocês já estou feliz. Meu trabalho (tanto de amiga, quanto de aluna da pós-graduação) está, pelo menos parcialmente, concluído. Sei que ainda tem muito mais reflexão sobre o assunto para ser feita, mas, no momento é só isso que me passa pela cabeça. Quem sabe, após os comentários, não vem aí um post 2?

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